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09 set, 2016

Resenha: “Quando tudo começou”, por Bruna Vieira e Lu Cafaggi

Primeira resenha de quadrinhos aqui no blog! E, ainda por cima, de uma blogueira que eu admiro de paixão, a Bruna Vieira, e em parceria com a premiada ilustradora e quadrinista, a Lu Cafaggi.

Quando tudo começou: Bruna Vieira em quadrinhos
Autoras: Bruna Vieira e Lu Cafaggi
Editora: Nemo
Comprar: Físico | Digital

Sinopse:
Bruna tem uma lista secreta de sonhos que nunca contou para ninguém. Em uma cidade tão pequena que você provavelmente nunca ouviu falar, sua história começa. Nem tão alta, nem tão magra, nem tão divertida. Dizem que ela queria fazer as malas e explorar o mundo, mas antes disso vai precisar lidar com a timidez e enfrentar os primeiros dias na nova escola. Viajando com andorinhas e descobrindo as pontes que ligam a vida de uma garota comum aos seus sonhos, Bruna Vieira encontra o traço delicado da premiada ilustradora e quadrinista Lu Cafaggi, nos presenteando com a história de uma jovem que aprendeu a amar a vida e a si mesma antes de conhecer o mundo lá fora.

Bruna Vieira nasceu e cresceu em uma cidade pequena no interior de Minas Gerais, cheia de sonhos e ambições, porém também repleta de timidez e receios. Minha identificação com a Bruna começa aí, onde temos medo de ir atrás de nossos próprios sonhos, pensando serem bobos demais ou não sermos dignas de tamanha felicidade (como diz Amanda Palmer no livro “A arte de pedir”, escutamos muito a temida Patrulha da Fraude – aquela que diz que não merecemos o que temos, muito menos algo maior; a famosa “auto-sabotadora”).

Em “Quando tudo começou: Bruna Vieira em quadrinhos” podemos conferir como Bruna se sentiu em seus primeiros dias de aula; etapa de alta complexidade para adolescentes, porém vista de forma indiferente para adultos – como se nunca tivessem tido essa idade e esse tipo de pensamento. Apesar de ser curtinha (socorro, eu li em meia hora e quero mais!), a HQ retrata muito bem a cabeça de um adolescente em meio à uma crise de identidade e de realocação, no caso, numa escola nova.

A HQ é repleta de metáforas sobre os passos que tomamos, mostrados em atitudes corajosas, ainda mais para uma pessoa tímida e desacreditada de seus próprios sonhos. Bruna ainda explica o significado de suas andorinhas tatuadas no braço, de forma sutil: “vontade de começar tudo novamente em um lugar completamente novo”.

Acho que a maior lição que a HQ nos traz é que mudanças são necessárias na vida, mesmo que sejam difíceis e que cada pessoa tenha formas distintas de lidar com elas. Todo dia é um novo recomeço, um novo ciclo, então temos a chance de fazer melhor e cada vez mais original. Afinal, somos diferentes um dos outros, portanto sua participação no mundo também deve ser única.

Mais sobre a HQ

Não poderia deixar de falar sobre a talentosíssima ilustradora, a Lu Cafaggi. O estilo que a Lu utilizou na HQ é gostoso demais de se observar, como se tivessem sido feitos a giz de cera diretamente no livro – eu juro que senti o cheiro quando o peguei a primeira vez.

A Bruna fez um vídeo super fofo explicando um pouco mais sobre “Quando tudo começou”. Ninguém melhor para falar do próprio livro que a autora, não é mesmo? Confira:

Sobre as autoras

Bruna Vieira coleciona sonhos, histórias e viagens ao redor do mundo. Aos 22 anos, a mineira de Leopoldina, interior de Minas Gerais, divide seu tempo entre atualizar esse blog, ouvir música boa no último volume e escrever livros sobre as coisas que acredita. De batom vermelho e um sorriso no rosto a blogueira já recebeu cerca de 130 milhões de acessos desde que criou o espaço em 2008. Graças a escrita superou desilusões amorosas, venceu a timidez e se tornou colunista da Capricho.

Lu Cafaggi nasceu em 1988, em Belo Horizonte. Começou a publicar quadrinhos em 2010, em seu blog pessoal. No ano seguinte, lançou Mixtape, uma coletânea de minigibis que contam histórias sobre a nossa relação com a música. Em seguida, foi convidada a contar, junto ao irmão, Vitor Cafaggi, uma história original da Turma da Mônica, na Graphic MSP Laços. Em 2015, os irmãos publicaram o livro com a continuação dessa história, que recebeu o nome de Lições.

Nota: 5/5

O segundo volume da HQ, “O mundo de dentro”, foi lançado agora, na Bienal do Livro de SP (inclusive, ambas fizeram tardes de autógrafos!) e já está à venda na Amazon! [Nota: Aceito de presente!] Comprar: Amazon

26 jul, 2016

Resenha: “3096 Dias”, por Natascha Kampusch

Hey! Voltei com os livros, e hoje eu trago um bem pesado. Tanto no conteúdo, quanto em sua finalidade.
3096-dias

Sinopse: Natascha Kampusch sofreu o destino mais terrível que poderia ocorrer a uma criança: em 2 de março de 1998, aos 10 anos, foi sequestrada a caminho da escola. O sequestrador – o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil, a manteve prisioneira em um cativeiro no porão durante 3.096 dias. Nesse período, ela foi submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico e precisou encontrar forças dentro de si para não se entregar ao desespero. Natascha Kampusch fala abertamente sobre o sequestro, o período no cativeiro, seu relacionamento com o sequestrador e, sobretudo, como conseguiu escapar do inferno, permitindo ao leitor compreender os processos de transformação psicológica pelos quais passa uma pessoa mantida em cativeiro, sofrendo todo tipo de agressão física e mental imaginável.

Natascha começa seu livro apresentando sua visão do mundo quando era criança, seus olhos de infância relatando sua mais pura visão da humanidade, a relação com sua família e as mudanças ao longo dos anos. Filha caçula, começou a ficar acima do peso, e ter problemas de baixo estima. Os problemas e desafetos em casa desenvolveram nela um desejo por independência e liberdade, idealizando seus 18 anos como a idade em que sua vida mudaria, pois já seria uma adulta. Mas isso muda quando estava pela primeira vez,  indo sozinha de casa para a escola, todos os seus sonhos e planos foram interrompidos por Wolfgaang Priklopil, que a sequestrou e a levou para um cativeiro – seu “lar” pelos próximos oito anos.

O livro foi escrito por ela após sua fuga, e da morte de seu sequestrador, que havia cometido suicídio, após ela ser resgatada. Ela descreve com riquezas de detalhes tudo que sofreu, dentro do cativeiro, é nítida sua regressão comportamental, até mesmo por ter sido um abismo de difícil enfrentar isso tudo e apenas com 10 anos de idade. Além de perder qualquer contato exterior, e perder sua infância e parte de sua vida ali, e tentar descobrir como o mundo avançava sem ela.

Natascha discorre sobre tortura psicológica e física, apresentando as causas e consequências do que vivenciou no cativeiro, como determinada ação do sequestrador tinha um efeito específico sobre seu corpo e sua mente. Podemos ver  como foi privada de sua liberdade e autoconfiança, como foi “trabalhada” pelo sequestrador até que ela se aproximasse daquilo que ele considerava ideal e, como mesmo assim, não era o bastante para ele.

A leitura é bem pesada, mas não tem como não se envolver pela luta de Natascha, bem como sua superação, mas é impossível não vir o gosto de repulsa à boca quando ela começa a relatar os abusos que sofria, as surras, maus tratos, e a cada nova página esperando quando tudo isso teria um ponto final.

É uma lição, com toda certeza a vida dela durante esse tempo, e a forma como tudo acabou, com ele pude tentar entender um pouco mais o ser humano, e as adversidades a que muitos de nós são submetidos, falo isso porque a situação de Natascha descrita no livro não é raridade, acontece mais do que se imagina, e na maioria das vezes as vítimas não contam com a sorte que ela teve, é um livro muito bom para refletir, mas se você não tem estômago, não leia, é bem pesado em todos os sentidos, mas se me perguntassem se eu indicaria, com toda certeza diria que sim.

Não se sabe ao certo se Natascha foi quem escreveu tudo, mas ela contou com a colaboração de duas outras escritoras, e para quem tem curiosidade, ela foi liberta de seu cativeiro em 2006, e chorou copiosamente com a morte de seu algoz, segundo relato dos policiais na época. Enfim, leiam, é uma experiência e tanto.

Beijos, e até a próxima.

15 jul, 2016

Resenha: “O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares”, de Ransom Riggs

Tá, ok. Tá todo mundo falando desse livro, agora que vai sair filme, mas eu sempre olhei para ele nas livrarias e pensei “Hum, por que não?”. Confesso que me interessei mais ainda depois que saíram as primeiras imagens da adaptação para cinema, mas posso dizer que é uma leitura rápida e bem gostosa.

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(Divulgação/Leya)

Comprar na Amazon: O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares | Cidade dos Etéreos

O livro que deu origem ao filme de Tim Burton! Com estreia marcada para setembro deste ano, o trailer começou a circular nas redes sociais em 15 de março e, até agora, já teve mais de 2,5 milhões de visualizações. Eleito uma das 100 obras mais importantes da literatura jovem de todos os tempos, O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, é um romance que mistura ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo – por mais impossível que possa parecer – ainda podem estar vivas. Traduzido para mais de 40 idiomas.

“Mesmo sem as fotos, esta seria uma história emocionante, mas as imagens dão um irresistível toque de mistério. A narração em primeira pessoa é autêntica, engraçada e comovente. Estou ansioso para o próximo volume da série!” Rick Riordan, autor da série Percy Jackson e Os Olimpianos

“Um romance tenso, comovente e maravilhosamente estranho. As fotos e o texto funcionam brilhantemente juntos para criar uma história inesquecível.” John Green, autor de A culpa é das estrelas

“Vocês têm certeza de que não fui eu quem escreveu esse livro? Parece algo que eu teria feito…” Tim Burton

A história começa com Jacob em sua vida de garoto de cidade grande, classe média alta, com um avô muito peculiar que o conta histórias sobre um orfanato diferente, como ele. É claro que, como quase todos os garotos, Jake não dá muita credibilidade, ainda mais com seu avô lhe mostrando fotos de crianças que mais pareciam mutantes, antes da Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a falta de tecnologia e recursos, parecem montagens muito ruins¹.

Minha mesa lá na editora. Tem papel higiênico e remédio porque SOU ALÉRGICA. Obg.

Quem vê pensa que é um livro de terror, pelas fotografias contidas no miolo. Mas, apesar de ser um romance infantojuvenil, a agonia parece não ir embora, em determinada parte do livro para o fim. O autor pensou muito bem ao apresentar todos os fatos e personagens, antes da ação começar (o que me rendeu alguns bocejos pelo caminho).

Me encantei muito pelas crianças peculiares e pela parte do País de Gales em que moram. Com toda a certeza, se possível, carregaria fotos de cada um em meu bolso.

O que não gostei é que Ransom Riggs parecia achar que o personagem não era forte o suficiente para passar por todas as barreiras que vinha passando principalmente depois das primeiras cenas de ação; Me decepcionou a forma como o pai de Jake parecia uma pessoa totalmente vulnerável e fraca, em determinadas reações; Os vilões me irritaram um pouco também. Urgh! Achei as personalidades meio fracas. Uma pena.

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Me arrisquei demais lendo o primeiro livro de uma série, mas senti que seria bom. Apesar da preguiça que alguns capítulos me deram, ainda mais pelo autor ser meio almofadinhas nesses trechos específicos, gostei um pouco. Acho que soube prender bem minha atenção e me dar… gastura, na maioria das vezes.

Houve algum arrependimento por ter lido? Não porque sempre tive vontade, massss rolou uma certa decepção. Ainda assim, quero muito ler o segundo volume –Cidade dos Etéreos –, que já saiu pela Intrínseca (na boa?), e o terceiro que está para sair.

Ah! A adaptação para cinema, O Lar das Crianças Peculiares, dirigido por Tim Burton, estreia dia 29 de setembro deste ano, no Brasil. Ainda sobre o filme, parece que trocaram os nomes de duas personagens. Uma é a principal e a outra aparece em algumas partes cruciais para o desenvolvimento do desfecho. Confesso que fiquei meio triste e já vi alguns fãs reclamando na página da produtora. Nos resta esperar.

Nota: 4/5

¹ Depois que terminei de ler, notei a presença de uma tabela no fim do livro, onde diz que todas as fotos são de acervo pessoal de colecionadores. Medo, né?

Trilha sonora: Of Monsters and Men – My Head is An Animal

21 jun, 2016

Resenha: “O Circo da Noite”, de Erin Morgenstern

Sejam bem-vindos a Le Cirque des Rêves, o circo que adormece durante o dia e funciona à noite. Aqui, quase tudo é possível. Venha, chegue mais perto. Um vislumbre do futuro, talvez?

Sinopse: O circo chega sem aviso. Nenhum anúncio o precede. Simplesmente está lá, quando ontem não estava. Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a acontecer, repleta de atrações impressionantes, de tirar o fôlego. O nome dele é Le Cirque des Rêves, e só abre à noite.

Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: uma disputa entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá.

À medida que o circo viaja pelo mundo, as façanhas de magia ganham novos e fantásticos contornos. Celia e Marco, porém, encaram tudo como uma maravilhosa parceria. Inocentes, eles mergulham de cabeça em um amor profundo, mágico e apaixonado, que faz as luzes cintilarem e o ambiente esquentar cada vez que suas mãos se tocam.

Não importa se o amor é verdadeiro ou não, o jogo tem que continuar, e o destino de todos os envolvidos, do extraordinário elenco circense à plateia, está, assim como os acrobatas acima deles, na corda bamba.

Escrito numa prosa rica e sedutora, esse romance encantador é um banquete para os sentidos e para o coração.

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O início do livro se passa em Londres, no século XIX, onde duas crianças são escolhidas para duelar um dia.

Celia Bowen é filha de Próspero, o Mágico, simplesmente o ilusionista mais conceituado de sua época, talvez por carregar um grande segredo: seus números artísticos não passam de mágica de verdade, e não ilusionismo. Celia é entregue ao pai por ser um “demônio” aos olhos de sua mãe (que acaba se suicidando), e começa sua missão na vida: preparar-se para lutar contra seu adversário, quando é tempo.

Marco Alisdair é escolhido entre outras crianças num orfanato por Alexander, ou Sr. A.H…, e então inicia seus estudos para se tornar um mágico e lutar contra sua adversária, até então desconhecida, Celia.

A narrativa do romance é não-linear, ou seja, às vezes estamos em 1901, enquanto voltamos para 1880. Quando comecei a ler, fui dita para prestar atenção nas datas, então sugiro que faça o mesmo. Mais para o meio do livro que entendemos como isto é importante.

O romance é cheio de mistérios, raiva, surpresa e muito, muito sentimento bom. Enquanto lia, ficava cada vez mais apaixonada pelo Circo e por todos os personagens que tinha que lidar o tempo todo.

Morgenstern está de parabéns quanto às descrições de ambiente, roupas, sensações, aromas e texturas. Conseguiu absolutamente me transportar para seu universo somente com a leitura, e é isso que valorizo em qualquer livro.

Mas maaaais uma vez tenho que ser a chata e dizer que achei o fim corrido demais. Isso aconteceu com Americanah e eu achei muito ruim por ter gostado do desenvolvimento da história como um todo, porém de repente tudo começou a ficar rápido e o desfecho parece que veio correndo, embora o romance tenha sido muito bem esmiuçado.

Por outro lado, me disseram que a autora escreveu O Circo da Noite durante o NaNoWriMo e sabemos como o fim de novembro pode ser crucial e chatinho como deadline, não é?

Capa e lombada: amei! Só achei ruim de não ter os créditos do capista. Qualé, Intrínseca?
Acabamento
: tem aplicação de verniz fosco na ilustração do Circo, na mão, nas orelhas inclusive, e também esse hotstamping ostentação que eu adoro.
Miolo: ilustrações em baixa qualidade não, né, editora? Meh!

Este foi um dos livros que troquei pelos pontos plus do Skoob. Os outros ainda não pude ler (em partes porque fiquei ansiosa para começar este hehe), mas recomendo demais!

Título: O Circo da Noite (The Night Circus)
Autora: Erin Morgenstern
Editora: Intrínseca
Páginas: 365
Adicione à sua estante: Skoob
Comprar: Físico | Kindle (o livro é um pouco antigo, então sugiro que troquem ou peçam à editora)
PDF 1º capítulo

NOTA: 5/5

17 jun, 2016

Novos pôsteres de “O lar das crianças peculiares”

Pouco mais de três meses após a divulgação do primeiro trailer do filme “O lar das crianças peculiares” – baseado no livro “O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares” –, temos novos pôsteres!

Confira abaixo!

peregrine_01
peregrine_02

Eva Green como Senhorita Peregrine

Eva Green como Senhorita Peregrine

Asa Butterfield como Jake

Asa Butterfield como Jake

Ella Purnell como Emma

Ella Purnell como Emma

Cameron King como Millard

Cameron King como Millard

Os irmãos Odwell são os Gêmeos Peculiares

Os irmãos Odwell são os Gêmeos Peculiares

Lauren McCrostie como Olive

Lauren McCrostie como Olive

E Samuel L. Jackson como Barron

E Samuel L. Jackson como Barron

A adaptação estreia no Brasil dia 29 de setembro deste ano.

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