Posts marcados na categoria Literatura

15 jun, 2016

Resenha: “Crime e Castigo”, por Fiódor Dostoiévski

Hoje não é terça-feira, mas a resenha saiu! Ufa! Hoje trago para vocês o romance Crime e Castigo que narra a história de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito.

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Sinopse: Crime e castigo é um daqueles romances universais que, concebidos no decorrer do romântico século XIX, abriram caminhos ao trágico realismo literário dos tempos modernos. Contando nele a soturna história de um assassino em busca de redenção e ressurreição espiritual, Dostoiévski chegou a explorar, como nenhum outro escritor de sua época, as mais diversas facetas da psicologia humana sujeita a abalos e distorções e, desse modo, criou uma obra de imenso valor artístico, merecidamente cultuada em todas as partes do mundo. O fascinante efeito que produz a leitura de Crime e castigo — angústia, revolta e compaixão renovadas a cada página com um desenlace aliviador — poderia ser comparado à catarse dos monumentais dramas gregos.

O livro se passa em São Petersburgo na Rússia no século XIX. Um rapaz de nome Raskólnikov, ex-estudante, pois, dada a pobreza em que se encontrava teve de abandonar os estudos. Órfão de pai contava apenas com a ajuda de sua mãe e sua irmã Dúnia que moravam até então no interior.
Raskólnikov havia planejado o assassinado de uma velha senhora chamada Aliena Ivánovna, de acordo com ele matar essa senhora seria um “favor” pois ela se aproveitava da pobreza dos cidadãos que empenhavam seus objetos para obter dinheiro pagando juros a senhora. A senhora tinha uma irmã mais nova chamada Lisavieta Ivánovna que ao contrário da irmã era de bom coração.

A história se desenvolve ao redor de Raskólnikov, as motivações que o levaram a cometer o assassinato, bem como o castigo que seria merecido. Aparece ainda como uma personagem secundária, mas que acaba desempenhando um papel fundamental na história: Sônia, filha de um bêbado, no qual Raskólnikov faz uma “amizade”, e acaba ajudando-a em momentos difíceis, e ela retribui-lhe, dando carinho, confiança e força para enfrentar as responsabilidades de seus atos.

O livro retrata a situação de miséria e pobreza em que viviam os personagens, principalmente Raskólnikov e Sonia.
Dadas as circunstâncias e a desigualdade existente levou Sonia a uma vida de prostituição e teria também grande influência no assassinato cometido por Raskólnikov.
Interessante ressaltar a teoria de Raskólnikov, em que de acordo com o livro haviam dois tipos de homens os ordinários e os extraordinários, para os extraordinários não era obrigatório o cumprimento das leis porém para os extraordinários sim, observa-se também que na concepção do personagem Raskólnikov era permitido para um bem comum maior a violação de uma lei como no livro o assassinato, para ele a morte de uma pessoa poderia ser justificada para a salvação de centenas de outras.

Observamos na personalidade de Raskólnikov que ele era uma pessoa confusa, gostava de passa a maior parte do tempo sozinho, mas sempre que precisava tomar uma decisão via como meio de fuga se embrenhar na multidão. Entre delírios e poucos momentos de sanidade via-se a tormenta que existia dentro dele, ao mesmo tempo a preocupação por sua família e a afeição por Sonia. Mesmo após sua condenação ainda não se arrependera, vindo a ter sua redenção por causa do amor que sentia por Sonia. Além disso, a religião é bastante presente no convívio dos personagens, demonstrando que aquilo que determinava-se como certo e errado, girava em torno da crença religiosa.
Dostoiévski ao criar cada personagem e ao ligá-los de alguma ao crime, mostrou a complexidade de cada um, ao modo de interpreta-los, mediante a cada situação a quem eram submetidos.

Para quem gostar de entender um pouco da racionalidade humana, bem como seus refúgios, Crime e Castigo mostra várias facetas humanas, bem como a crueldade da sociedade e dos homens.

Título: Crime e Castigo
Autor: Fiódor Dostoiévski

25 maio, 2016

Dia do Orgulho Nerd

Não esqueça de trazer sua toalha porque hoje é Dia do Orgulho Nerd!

Você sabe por que este dia é comemorado?

Ele surgiu de uma iniciativa que defende o direito de todos em ser um nerd, e para promover a cultura nerd/geek. A data foi escolhida para comemorar a estreia do primeiro filme da série Star Wars, em 25 de maio de 1977 (mas o Star Wars Day permanece em 4 de maio), porém é o mesmo dia de “feriados” de fãs semelhantes: o Dia da Toalha, para os fãs da “trilogia de cinco” O Guia do Mochileiro das Galáxias, em homenagem ao seu escritor Douglas Adams, e o Glorioso 25 de Maio para os fãs da série Discworld, em homenagem ao seu escritor Terry Pratchett. A iniciativa teve origem na Espanha em 2006 com o “Dia del Orgullo Friki”, e se espalhou pelo mundo através da internet.

Wikipedia

Para comemorar este dia tão especial, fiz uma seleção de filmes e livros. Aproveitem muito o nosso dia e as dicas!

Filmes nerd para assistir neste dia tão especial

Filmes para o #diadoorgulhonerd

Livros nerd para ler e presentear

livros

Feliz dia!

Imagens: Divulgação.

17 maio, 2016

Tercinha da resenha: “Sr. Daniels”, por Brittainy C. Cherry

Mais uma resenha nesta terça, um friozinho, um chá e um livro pra acompanhar: um belo cenário, digamos. E eu trouxe hoje Sr. Daniels, gostei bastante do contexto da história, apesar da autora ser nova no ramo, ela soube trabalhar muito bem a dramática contida no livro.

Sr. Daniels
Sinopse:
Depois de perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn Jennings vê sua vida mudar completamente. Além de ter de aprender a conviver sem parte de si mesma, ela precisa se adaptar a uma nova rotina. Enviada pela mãe para a casa do pai, com quem mal conviveu até então, ela viaja de trem para Edgewood, Wisconsin, carregando poucos pertences, muitas lembranças e uma caixa misteriosa deixada pela irmã. Na estação de trem Ashlyn conhece o músico Daniel, um rapaz lindo e gentil, e a atração é imediata. Os dois compartilham não só o amor pela música e por William Shakespeare mas também a dor provocada por perdas irreparáveis. Ao sentir-se esperançosa quanto a sua nova vida, Ashlyn começa o ano letivo na escola onde o pai é diretor. E não consegue acreditar quando descobre, no primeiro dia de aula, que Daniel, o belo músico de olhos azuis com quem já está completamente envolvida, é o Sr. Daniels, seu professor de inglês. Desorientados, eles precisam manter seu amor em segredo, e são forçados a se ver como dois desconhecidos na escola. E, como se isso já não fosse difícil o bastante, eles ainda precisam tentar de todas as formas superar os antigos problemas e sobreviver a novos e inesperados conflitos.

Ashlyn havia perdido o sentido de viver juntamente com a morte de sua irmã gêmea, Gabby. Ela perde a graça em tudo, nas pequenas coisas, ainda mais durante o velório de sua irmã, ao se deparar com o seu paique nunca estava presente, até porque ele havia formado uma nova família. Sua mãe que desde que descobriu a Leucemia de sua outra filha, havia se distanciado e tendo uma relação bastante conturbada.

Mas Gabby, mesmo morta, deixou uma lista de coisas para Ashlyn fazer, e para cada item da lista, havia uma carta escrita. Mesmo diante disso Ashlyn é obrigada a ir morar com seu pai, com que não tinha nenhum tipo de vínculo. Tendo que se desfazer de tudo o que conhecia até então, ela é mandada para casa do pai com quem não tinha nenhum laço.

Durante a viagem de trem que a levaria para longe, ela conhece um rapaz de belos olhos azuis e que toca seu coração ferido de uma maneira surreal. Ela não sabe porque, mas algo a conduz a ele mesmo quando tudo o que ela tem vontade de fazer é chorar desesperadamente.

Tudo fica ainda mais conturbado, um pai sem saber como lidar com a situação, sua madrasta tentando ser um nível de perfeição, mas uma grata surpresa ela recebe, seus novos “irmãos” são pessoas muito melhores do que ela havia pensado. Enquanto ainda esperava seu pai buscá-la na estação, o belo homem de olhos azuis a convida para escutá-lo tocar em um clube da cidade. Ashlyn vai ao seu encontro, Daniel Daniels, esse era o nome dele. O mesmo cara que a encantou com a sua música e sua paixão por Shakspeare, seria o seu professor de Inglês.

Sem saber como lidar com essa nova informação, ela tem que aprender a lidar com os seus sentimentos pelo Sr. Daniels ao mesmo tempo em que precisa encontrar uma maneira de superar a falta de sua irmã.

Narrativa na perspectiva tanto de Ashlyn quanto de Daniel, o livro mostra como ambos lidam com suas cargas e dores. Ambos sabem que um pertencem um ao outro, mesmo tentando manterem distância devido ao emprego de Daniel estar em risco se alguém descobrisse o relacionamento deles. Além disso, Ashlyn vai construíndo uma relação com os filhos de sua madrasta, a ponto de serem inseparáveis. Todos de alguma forma, ajudam ela a completar um item da lista.

Gostei de como a autora não focou apenas no drama professor e aluna da relação entre Ashlyn e Daniel, como também sua relação com o pai, que foi construída aos poucos e sua relação com seus novos “irmãos” e os conflitos de cada um, além de temas como homossexualidade, drogas, bullying e impunidade.

Para mim, o ponto mais forte do livro é com a morte de um dos personagens, Ryan, filho de sua madrasta. Após anunciar a mãe que era Gay, e ela não lidar muito bem
com a situação e o acusá-lo de ser responsável pela morte de seu pai. Ryan, pega as drogas que estavam na mochila do irmão de Daniel, e acaba perdendo o controle da direção e morrendo. Neste ápice, não tem que não se segure, o abalo dos personagens é tão forte, que se deixa uma interrogação a partir dali: Como seria a vida de todos sem Gabby?

Sr. Daniel mostra as inseguranças de adolescentes, as descobertas dos prazeres, o enfrentamento da dor, as novas amizades, o nascimento e fortificação de um vínculo amoroso intenso, e que faz com que todos se sintam cativados e apaixonados por esse livro.

A autora Brittainy conseguiu inserir em um personagem masculino, toda a delicadeza e personalidade marcante que ele merece, e a personagem feminina, a garra e determinação que toda mulher possui dentro de si. Só teve algo que não lidei muito bem, que foi o excesso de drama em determinadas partes, mas nada que tire o brilho desse livro.

“Lembre sempre do nosso primeiro olhar, e seu coração vai saber que sou o bastante” – Sr. Daniels

Portanto, minha nota pra esse livro é 4.

Até semana que vem.

09 maio, 2016

Resenha: “O Gigante Enterrado”, Kazuo Ishiguro

Há algum tempo queria ler este livro pelo visual dele — foi amor à primeira vista na livraria –, porém pensei ser uma leitura meio complexa e, como eu precisava ler coisas rápidas, deixei para depois. Ontem terminei de lê-lo, 2/3 no físico e 1/3 no Kobo, por começar a dobrar demais a lombada e eu ficar com dó do material e acabamento.

Hoje vim resenhar para vocês “O Gigante Enterrado”, de Kazuo Ishiguro.

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Título: O Gigante Enterrado (The Buried Giant)
Autor: Kazuo Ishiguro
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 400
Compre: Físico: Amazon, Cultura, Saraiva | Digital: Kindle, Kobo, Lev
Adicione à sua estante: Skoob | Goodreads

Sinopse: Uma terra marcada por guerras recentes e amaldiçoada por uma misteriosa névoa do esquecimento. Uma população desnorteada diante de ameaças múltiplas. Um casal que parte numa jornada em busca do filho e no caminho terá seu amor posto à prova – será nosso sentimento forte o bastante quando já não há reminiscências da história que nos une?
Épico arturiano, o primeiro romance de Kazuo Ishiguro em uma década envereda pela fantasia e se aproxima do universo de George R. R. Martin e Tolkien, comprovando a capacidade do autor de se reinventar a cada obra. Entre a aventura fantástica e o lirismo, O gigante enterrado fala de alguns dos temas mais caros à humanidade: o amor, a guerra e a memória.

“Ishiguro é um dos maiores romancistas vivos da Inglaterra.” — The Telegraph
“A obra mais estranha, arriscada e ambiciosa que o autor publicou em sua carreira de 33 anos.” — The New York Times
“Ishiguro trabalha seu material fantástico com as ferramentas de um
mestre do realismo.” — Time Magazine

Comecei há ler o Gigante há quase dois meses e, realmente, é uma leitura bem complexa e até um pouco pesada, por toda a simbologia e metáfora que o envolve.


[Alerta de possíveis spoilers]

A princípio achei meio confuso, mesmo na apresentação dos personagens e ambiente. A narrativa começa com Axl se lembrando de fatos e causos distintos, enquanto espera a esposa, Beatrice, acordar, para dizer a ela que quer finalmente visitar seu filho. Os dois formam um casal de idosos que vive em uma aldeia tomada pela “névoa esquecimento”, contrariando a discussão de que acabamos esquecendo de coisas básicas, como apagar a chama de uma vela antes de dormir, conforme envelhecemos — neste caso, os dois são obrigados a viver sem iluminação à noite por conta de um incidente que a aldeia toda condena.

Durante sua caminhada de dois dias e meio à aldeia de seu filho, que os esperam ansiosamente, segundo o que eles repetem a todo tempo, eles se deparam com alguns personagens cruciais para o desenvolvimento da jornada: Wistan, o guerreiro saxão; Edwin, o garoto saxão; e Gawain, cavaleiro bretão de Arthur; e a narrativa toma forma como se alguém estivesse viajando a pé ao seu lado, contando uma história que o faça analisar o objetivo de sensações e sentimentos que temos que enfrentar todos os dias. Outros personagens aparecem no decorrer da história, além da odiada dragoa Querig.

Ishiguro nos escreveu este romance, em forma de uma incrível obra de arte, trazendo a discussão de que coisas do passado podem muito bem ficarem esquecidas, se não são cruciais para seu convívio e desenvolvimento como pessoa, transpassando em seus personagens questionamentos profundos como vida, amor, preconceito étnico, intolerância religiosa, rancor, amizade, traição e morte.

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A ilustração é de Pedro de Kastro e a capa é de Alceu Chiesorin Nunes, ambos brasileiros. E, olha só, foi exportada para a gringa! <3 Também tem um acabamento incrível, com hot stamping e cores em pantone, inclusive nas folhas.

 

Kazuo Ishiguro (Divulgação/Companhia das Letras)

Kazuo Ishiguro (Divulgação/Companhia das Letras)

Nasceu em Nagasaki, no Japão, em 1954, e mudou-se para a Inglaterra aos cinco anos. É autor de sete livros, entre eles Resíduos do dia, vencedor do Booker Prize, e Não me abandone jamais, ambos com aclamadas adaptações para o cinema.


Nota: 5/5

04 maio, 2016

Postagem coletiva: Universo em expansão!

Começamos um dos melhores dias do ano, o Star Wars Day, com as melhores notícias da Universo! Como parte da equipe, estava aqui me coçando para compartilhar isto com vocês:

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Para comemorar o Star Wars Day, a Universo Geek, selo da Editora Universo dos Livros, promove uma postagem coletiva para anunciar sua imersão no Universo Expandido de Star Wars!

A partir deste semestre, a editora pretende lançar diversos livros de uma das franquias mais amadas de todas as galáxias!

Os títulos confirmados até agora, você confere abaixo:

  • The Life And Legend Of Obi-Wan Kenobi, Ryder Windham
  • The Rise And Fall Of Darth Vader, Ryder Windham
  • A New Hope: The Life Of Luke Skywalker
  • The Wrath Of Darth Maul, Ryder Windham

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  • The Last Jedi, Michael Reaves E Maya Kaathryn Bohnhoff
  • Empire And Rebellion: Razor’s Edge
  • Empire And Rebellion: Honor Among Thieves

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  • Darth Bane Trilogy Path of Destruction
  • Darth Bane Trilogy Rule of Two
  • Darth Bane Trilogy Dysnaty Of Evil

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  • Shakespeare’s The Phantom of Menace, Ian Doescher
  • Shakespeare’s The Clone Army Attacketh, Ian Doescher
  • Shakespeare’s Tragedy of the Sith’s Revenge, Ian Doescher

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  • Shakespeare’s Star Wars: A New Hope, Ian Doescher
  • Shakespeare’s The Empire Striketh Back, Ian Doescher
  • Shakespeare’s The Jedi Doth Return, Ian Doescher

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  • Art of Coloring Star Wars: 100 Images to Inspire Creativity and Relaxation (Livro de colorir)
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Todas as capas são de propriedade da Disney/LucasFilm.


Nem preciso dizer o quão ansiosa estou para que todos os livros saiam, preciso?

Que a força esteja com vocês!

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