Doze de junho, fim do outono, beirando o inverno e você aí. Sozinho. Comendo chocolate para ver se adoça a vida que anda meio amarga ultimamente.
Pode parar com essa amargura e bota uma música alegre aí para esquentar nesse friozinho. Se não tem tu, vai tu mesmo, Netflix. Se também tem um bichinho de estimação quentinho, abrace-o neste dia. Já comprou ingresso pro show do BSB? Ótimo! Dá uma ligada para aquela amiga de longa-data que, com toda a certeza do mundo, vai e você nem sabe.
Estar solteiro não é a pior coisa do mundo. Acredite que não ter um namorado (a) no Dia dos Namorados é muito melhor que faltar algo muito mais precioso no dia-a-dia.
É claro que eu penso em, um dia, ter alguém para chamar de “meu xuxuzenho”, mas enquanto isso não acontece, o que eu posso fazer? Alugar um namorado para o Dia dos Namorados? Nem de graça tá rolando!
Há umas semanas estava divagando, com uns amigos do serviço, sobre pessoas que não conseguem se manter solteiras por muito tempo. Eu conheço alguém, você conhece alguém, todos conhecemos um amigo que não fica um semestre inteiro sozinho. Algumas pessoas dizem que isto é sempre estar dependendo de alguém. No fundo, no fundo, admiro quem tem facilidade para conhecer novas pessoas.
O episódio 10 da 5ª temporada de How I Met Your Mother se chama “The Window”, em tradução literal para o português “A janela”. Nele, Ted, na eterna busca por sua alma gêmea, fica sabendo que Maggie, uma conhecida que mora a alguns quarteirões, está finalmente solteira. É, ela nunca fica solteira, por isso a vizinha se refere como “a janela está aberta”. Ted a chama para sair e deixa Lily cuidando para que a garota não “esbarre” com ninguém no bar, para que não existiam chances de ela se apaixonar por outro cara.
Ted, em sua busca pelo par ideal, nunca para para pensar que pode ser feliz sozinho, até que sua amada o encontre – ou ele encontre sua amada, tanto faz. Ele está sempre rodeado de amigos que se importam de verdade em como ele está se sentindo e às vezes não parece dar valor a isto.
Acho que poucas pessoas pensam que o tempo sozinho, solteiro, não é perda de tempo na vida, mas sim um espaço para amadurecer e realizar projetos que, talvez, com um relacionamento, não seriam possíveis.
Ei, vá lá. Não sou a solteira que inveja os casaizinhos e acha tudo que é meloso ruim, eu hein. Também não estou com inveja de quem vai ganhar presente de Dia dos Namorados este ano.
Sempre criei inúmeras expectativas quanto ao Dia dos Namorados e nunca deu muito certo. O mais próximo que eu cheguei de um relacionamento… Bem, dá para imaginar o que aconteceu. Tudo sempre muda o tempo inteiro. Em um momento o cara gosta, no outro ele já não tá afim… É assim mesmo.
Maaaas… Eu nunca terei raiva do amor ou da data comemorativa. Na verdade, acho que sou uma das pessoas que mais acreditam no amor nessa Terra, em todas as formas dele e em todas as formas de espalhá-lo por aí. Sempre mentalizei e meditei na palavra da Bíblia que diz que “O amor nunca falha.” (1 Coríntios 13:8). Você pode não ter uma religião ou não acreditar na Bíblia, mas me diz se está errado? Quando é amor de verdade, não falha mesmo!
Enquanto o amor romântico não chega, vou valorizando o amor familiar e dos meus amigos que eu tenho (que não é pouco!). A canseira da busca me deixou estafada, então vou ficar aqui quietinha, vivendo um passo de cada vez. Quando for para aparecer, vai aparecer e pronto.