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23 fev, 2016

“O Demonologista”, por Andrew Pyper

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“A maior astúcia do Diabo é nos convencer de que ele não existe”, escreveu o poeta francês Charles Baudelaire. Já a grande astúcia de Andrew Pyper, autor de O DEMONOLOGISTA (DarkSide® Books, 2015), é fazer até o mais cético dos leitores duvidar de suas certezas. E, se possível, evitar caminhos mal-iluminados.

O personagem que dá título ao best-seller internacional é David Ullman, renomado professor da Universidade de Columbia, especializado na figura literária do Diabo – principalmente na obra-prima de John Milton, Paraíso Perdido. Para David, o Anjo Caído é apenas um ser mitológico.
Ao aceitar um convite para testemunhar um suposto fenômeno sobrenatural em Veneza, David começa a ter motivos pessoais para mudar de opinião. O que seria apenas um boa desculpa para tirar férias na Itália com sua filha de 12 anos se transforma em uma jornada assustadora aos recantos mais sombrios da alma.

Enquanto corre contra o tempo, David precisa decifrar pistas escondidas no clássico Paraíso Perdido, e usar tudo o que aprendeu para enfrentar O Inominável e salvar sua filha do Inferno.

Já tem um tempo que eu li O Demonologista – li alguns livros depois, inclusive –, mas queria muito falar dele aqui no blog, por ser um livro numa pegada diferente e tudo mais.

Título: O Demonologista
Autor: Andrew Pyper
Editora: DarkSide Books
Número de páginas: 320
Compre na Amazon: Físico | Digital
Adicione no Skoob: Nacional | Original

Comecei a ler por influência do bonito do Lucas, que pegou emprestado de uma amiga nossa. Ele falava do livro com tanta empolgação que tive que ver com meus próprios olhos, literalmente.

Baixei no Kobo e tentei acompanhá-lo. No prefácio fiquei com o coração e os cabelos na mão, sentindo-me um pouco mal – tenho sensibilidade à essas coisas –, ainda mais sendo narrado pela filha de David Ullman, uma criança de apenas nove anos.

Pois bem, os fatos começaram a ocorrer e eu comecei a devorar o livro somente no caminho de casa para o serviço. O anseio pela cena da primeira possessão me deixou muito apreensiva, me fazendo praticamente engolir o livro até quando estava em casa. . Sou muito suscetível à espaço e tempo e a narrativa de Andrew Pyper prende demais, DEMAIS; quem me conhece sabe como dou valor à uma boa narrativa.

O Demonologista - Outtamind.com

Em seguida a menina some e nós não sabemos o que realmente lhe acontece… e acho que a emoção deu uma freada por aí.

As cenas de possessão já não me deixavam mais agoniada e eu ansiava pelo desfecho do livro. Acho que Ullman sofre demais durante todo o tempo, por mais que ele tenha passado a acreditar em coisas que antes duvidava. O fim é incerto. Eu tive uma interpretação, Lucas teve outra… o que nos rendeu um almoço de discussão. Inclusive ele disse, desde o início, que achou ser parecido com Constantine. Eu nunca assisti – porque, oi, minha irmã mais velha não me deixou na época, embora eu nunca tivesse medo de filmes –, então não tenho como opinar neste caso.

O acabamento do livro é nota 10. A DarkSide Books investiu e muito bem nisso. A lombada parece ter sido arrancada ou ter caído, assim como livros antigos. A capa é dura, tem laminação soft touch e um tipo de verniz localizado que simula algo arranhado.

Nota: 3.5/5só porque o enredo foi superestimado; infelizmente, eu esperava mais.

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