Posts arquivados em Autor: Francine C. Silva

28 set, 2016

Requisitos para ser uma pessoa normal

No fim de semana tive o prazer de me deparar com um dos filmes mais fofos que já assisti: Requisitos para ser una persona normal (2015). Esqueça as comédias românticas água com açúcar que você está acostumado a assistir e foca nessa produção espanhola de fotografia incrível.

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Sinopse:

Maria tem 30 anos, é uma pessoa peculiar e tem um objetivo: se tornar uma pessoa normal. Mas antes de tudo ela deve descobrir o que é exatamente isso. Que tipo de pessoa que ela é? Ela é uma pessoa normal? O que exatamente isso significa? Essa questão é mais profunda em sua mente. Depois que ela lista todos os requisitos, ela se propõe alcançá-los. Nesse percurso ela vai encontrar a ajuda de seu irmão, Alex, um rapaz de 25 anos com problemas mentais e que atinge todas as necessidades da lista. Ela conhece Borja, um garoto obcecado com dietas e perder peso. Eles vão fazer um pacto curioso: ela o ajuda a viver uma vida ativa e saudável, e ele a ajuda a encontrar seu objetivo: se tornar uma pessoa normal.

Quando questionada, numa entrevista de emprego, sobre que tipo de pessoa ela é, Maria de Las Montañas (Leticia Dolera) responde que é normal – ela quer, com todas as forças, ser normal. Para ilustrar a resposta, a moça desenvolve para os entrevistadores uma lista (que depois transcreve para um papel) de coisas que “uma pessoa normal” tem. São elas:

  1. Trabalho
  2. Casa
  3. Parceiro
  4. Vida social
  5. Hobbies
  6. Vida familiar
  7. Ser feliz

Em meio ao desespero por ter percebido que não é uma pessoa normal, Maria encontra-se desempregada (mesmo sendo graduada em Marketing e mestre em Publicidade) e é despejada por falta de pagamento do aluguel, tendo que voltar, em meados de seus 30 e tantos anos, a morar com a mãe – com quem não se dá muito bem – e o irmão-super-seguro-de-si-desde-que-nasceu.

Em suas caminhadas da vida, em especial na loja de departamento em que seu irmão trabalha, Maria tem seu primeiro contato com o vendedor Borja (Manuel Burque), e seus destinos acabam se cruzando novamente em uma livraria, onde os dois estão comprando livros de autoajuda – e ficam envergonhados por estarem fazendo isso. Eles saem para tomar um café e acabam indo para um jantar mais tarde, naquele mesmo dia. Maria confessa o que lhe ocorreu na entrevista de emprego e Borja oferece ajuda para que ela complete a lista de coisas que uma pessoa normal tem. Em troca, ele pergunta se ela conseguiria ajudá-lo a ter uma vida saudável e a emagrecer. Então selam o pacto – e se tornam melhores amigos.

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A cada pessoa que Maria encontra, a lista dos requisitos é mostrada na tela, e então podemos acompanhar junto com ela os itens já cumpridos do personagem em questão e saber se ele é ou não uma pessoa normal. Quando isso acontece, fica clara a crítica sobre a preocupação das pessoas em se mostrarem “normais” através de padrões estabelecidos pela sociedade, forçando a ter uma vida que nem sempre é a que traz mais felicidade ou mais conquistas.

Sobre Leticia Dolera

Nascida em Barcelona, em 1981, é feminista e ativista. Atuou, roteirizou e dirigiu Requisitos para ser una persona normal, venceu o Prêmio Sant Jordi de Melhor Atriz Espanhola (Rec 3: Gênesis), concorreu ao Prêmio Goya como Melhor Diretora de Romance (Requisitos para ser una persona normal) e é matadora profissional de zumbis.

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Trilha sonora

Uma das partes que mais me encantam nos longas é a trilha sonora. A deste filme – em sua maioria feita por Luthea Salom – foi muito bem produzida e deu ênfase a cada etapa da jornada da personagem principal.

Mais sobre o filme

Ficha técnica:
Requisitos para ser una persona normal
Tempo de duração: 90 minutos
Direção e roteiro: Leticia Dolera
Origem: Espanha
Produção: Corte y Confeccion de Peliculas, El Estomago de la Vaca, Telefonica Studios
Estreia mundial: 21 de abril de 2015

O elenco também conta com a premiada atriz Silvia Munt (Alas de Mariposa), que interpreta Barbara, mãe de Maria; Alexandra Jiménez (We are Pregnant), que faz o papel da bem-sucedida amiga de colégio de Maria, Cristina Pi; e Miki Esparbé (Barcelona Summer Night), que traz vida ao perfeito Gustavo.

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Posso dizer que assistir a Requisitos para ser una persona normal foi uma das melhores escolhas de 2016, quanto a filmes e cultura no geral. Não me decepcionou no fim e amarrou a história – com críticas aos padrões impostos pela sociedade moderna – cativando o público com personagens que são muito além dos tais padrões: são pessoas normais.

Interessou? O filme já está disponível na Netflix. Já assistiu? Diz aí nos comentários o que achou! <3

09 set, 2016

Resenha: “Quando tudo começou”, por Bruna Vieira e Lu Cafaggi

Primeira resenha de quadrinhos aqui no blog! E, ainda por cima, de uma blogueira que eu admiro de paixão, a Bruna Vieira, e em parceria com a premiada ilustradora e quadrinista, a Lu Cafaggi.

Quando tudo começou: Bruna Vieira em quadrinhos
Autoras: Bruna Vieira e Lu Cafaggi
Editora: Nemo
Comprar: Físico | Digital

Sinopse:
Bruna tem uma lista secreta de sonhos que nunca contou para ninguém. Em uma cidade tão pequena que você provavelmente nunca ouviu falar, sua história começa. Nem tão alta, nem tão magra, nem tão divertida. Dizem que ela queria fazer as malas e explorar o mundo, mas antes disso vai precisar lidar com a timidez e enfrentar os primeiros dias na nova escola. Viajando com andorinhas e descobrindo as pontes que ligam a vida de uma garota comum aos seus sonhos, Bruna Vieira encontra o traço delicado da premiada ilustradora e quadrinista Lu Cafaggi, nos presenteando com a história de uma jovem que aprendeu a amar a vida e a si mesma antes de conhecer o mundo lá fora.

Bruna Vieira nasceu e cresceu em uma cidade pequena no interior de Minas Gerais, cheia de sonhos e ambições, porém também repleta de timidez e receios. Minha identificação com a Bruna começa aí, onde temos medo de ir atrás de nossos próprios sonhos, pensando serem bobos demais ou não sermos dignas de tamanha felicidade (como diz Amanda Palmer no livro “A arte de pedir”, escutamos muito a temida Patrulha da Fraude – aquela que diz que não merecemos o que temos, muito menos algo maior; a famosa “auto-sabotadora”).

Em “Quando tudo começou: Bruna Vieira em quadrinhos” podemos conferir como Bruna se sentiu em seus primeiros dias de aula; etapa de alta complexidade para adolescentes, porém vista de forma indiferente para adultos – como se nunca tivessem tido essa idade e esse tipo de pensamento. Apesar de ser curtinha (socorro, eu li em meia hora e quero mais!), a HQ retrata muito bem a cabeça de um adolescente em meio à uma crise de identidade e de realocação, no caso, numa escola nova.

A HQ é repleta de metáforas sobre os passos que tomamos, mostrados em atitudes corajosas, ainda mais para uma pessoa tímida e desacreditada de seus próprios sonhos. Bruna ainda explica o significado de suas andorinhas tatuadas no braço, de forma sutil: “vontade de começar tudo novamente em um lugar completamente novo”.

Acho que a maior lição que a HQ nos traz é que mudanças são necessárias na vida, mesmo que sejam difíceis e que cada pessoa tenha formas distintas de lidar com elas. Todo dia é um novo recomeço, um novo ciclo, então temos a chance de fazer melhor e cada vez mais original. Afinal, somos diferentes um dos outros, portanto sua participação no mundo também deve ser única.

Mais sobre a HQ

Não poderia deixar de falar sobre a talentosíssima ilustradora, a Lu Cafaggi. O estilo que a Lu utilizou na HQ é gostoso demais de se observar, como se tivessem sido feitos a giz de cera diretamente no livro – eu juro que senti o cheiro quando o peguei a primeira vez.

A Bruna fez um vídeo super fofo explicando um pouco mais sobre “Quando tudo começou”. Ninguém melhor para falar do próprio livro que a autora, não é mesmo? Confira:

Sobre as autoras

Bruna Vieira coleciona sonhos, histórias e viagens ao redor do mundo. Aos 22 anos, a mineira de Leopoldina, interior de Minas Gerais, divide seu tempo entre atualizar esse blog, ouvir música boa no último volume e escrever livros sobre as coisas que acredita. De batom vermelho e um sorriso no rosto a blogueira já recebeu cerca de 130 milhões de acessos desde que criou o espaço em 2008. Graças a escrita superou desilusões amorosas, venceu a timidez e se tornou colunista da Capricho.

Lu Cafaggi nasceu em 1988, em Belo Horizonte. Começou a publicar quadrinhos em 2010, em seu blog pessoal. No ano seguinte, lançou Mixtape, uma coletânea de minigibis que contam histórias sobre a nossa relação com a música. Em seguida, foi convidada a contar, junto ao irmão, Vitor Cafaggi, uma história original da Turma da Mônica, na Graphic MSP Laços. Em 2015, os irmãos publicaram o livro com a continuação dessa história, que recebeu o nome de Lições.

Nota: 5/5

O segundo volume da HQ, “O mundo de dentro”, foi lançado agora, na Bienal do Livro de SP (inclusive, ambas fizeram tardes de autógrafos!) e já está à venda na Amazon! [Nota: Aceito de presente!] Comprar: Amazon

06 set, 2016

Sem crise aos 25 anos

Hoje acordei fazendo piadinhas mentalmente sobre minha idade (já posso usar cremes antirrugas; 1/4 de século; crise dos 25; cinco anos pro fim das escolhas etc) e, confesso, me sentindo um pouco velha também. Um pouco demais, para quem acaba de completar 25 anos.

Quem me conhece, sabe que os últimos meses, para mim, foram muito intensos e que passaram numa velocidade que deixaria qualquer tartaruga com inveja. Tive algumas perdas significativas, porém também tive ganhos que nunca pensei ter. Não tão cedo.

(Lolostock/Shutterstock)

(Lolostock/Shutterstock)

O ciclo se encerrou, depois de muito esforço e dedicação, com chave de ouro. Meus últimos dias com 24 anos se passaram na Bienal do Livro de SP, trabalhando às tantas, panfletando, conversando com futuros leitores do blog ❤️ e conversando com pessoas incríveis; acho que ganhei vários amigos nesses seis dias.

Cheguei aqui, aos 25, com a ciência de: que as coisas não acontecem por acaso; que elas não ocorrem de uma hora para a outra; que ninguém está aqui por acaso; que eu tenho que trabalhar muito para conseguir qualquer coisa boa; que sonhos se concretizam somente se eu correr atrás; que pintar o cabelo às vezes é legal; que parar para escutar os mais velhos é sempre a decisão mais sábia a se tomar; que não preciso ter um cargo de diretora para ser uma ótima profissional; que eu preciso me valorizar, sempre; que eu tenho pessoas incríveis e que me amam ao meu lado; que o Reino Unido é um dos melhores lugares para se viajar; que palavras contrárias só se realizam se eu deixar; que para estudar não tem idade; que ler é a melhor forma de estudar e de me desligar do mundo; que pegar transporte público pode ser interessante; que fotografar é uma ótima maneira de registrar momentos; que amigos não são eternos; que amigos de verdade são; e que, num piscar de olhos, o roteiro da minha vida pode mudar.

Aos 25 anos, tenho muitas metas e desafios pela frente, porém estou INCRIVELMENTE animada com isso.

Enfim, um feliz aniversário… pra mim!


Tem uma playlist da vez rolando aqui, feita especialmente para esta data tão especial (obg, obg) e espero que vocês curtam tanto quanto eu.

Os anos passam de forma tão rápida que nós nunca paramos para valorizar o que há de melhor. Então bora comemorar a vida?

02 set, 2016

Testei: Eu sei o que você fez na química passada

Há algumas semanas resolvi dar um jeito em meu cabelo – que estava, coitado, cheio de pontas duplas e quebradiço – e escolhi uma máscara que se tornou favoritinha!

Para xampu, desde que resolvi fazer escova progressiva, uso neutro. Já fiz a burrada de usar marcas com sal em sua composição – o que deixava meu cabelo limpo, porém parecendo palha –, mas minhas últimas duas compras foram de uma marca gringa, que minha mãe já usava há anos, porém não muito cara, e supre bem minhas necessidades.

O maior problema, no entanto, são as luzes que faço desde meus 19 anos. Há quem chame-as de californianas, há quem chame de ombré (da última vez que fiz, foi como o segundo nome).

Quem tem cabelo descolorido, colorido e quem usa (também) outros tipos de químicas no cabelo, sabe como os fios ficam ressecados e suscetíveis a queda, quebra e aparência de descuidados, então o procedimento recomendado é a RESTAURAÇÃO e para restauração utiliza-se muita PROTEÍNA.

A máscara escolhida foi a bomba de carga protéica da marca queridinha LOLA COSMETICS, chamada, veja só, “Eu sei o que você fez na química passada”. Bati o olho e já adorei por conta da embalagem e do nome maravilhosos. Não pensei duas vezes antes de levar.

Eu Sei o Que Você Fez na Química Passada – CPA Máscara

Carga Protéica de Aminoácidos

O que é: Cabelos detonados por químicas agressivas como coloração ou descoloração? Isso não te pertence mais. Nosso CPA Shampoo melhora a permeabilidade à umidade, a capacidade de retenção de água e possui propriedades antioxidantes. Formulado com aminoácidos sequenciados e Fitosterol que mimetizam os aminoácidos presentes no Complexo da Membrana Celular, promove hidratação, fortalecimento dos fios, proteção da cor e brilho. Resultados incríveis quando utilizado após os processos de descoloração ou coloração para recuperação imediata da superfície danificada dos cabelos. O que mais você precisa saber: De origem vegetal – o Fitosterol, presente na soja, ácido graxo do coco e cana-de-açúcar – garante restauração, aumento da massa protéica e recuperação dos fios.

CPA Shampoo, CPA e CPA Máscara.

Liberado para Low e No-poo! ♥

Divulgação

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É recomendado o uso em toda lavagem, após o xampu e o condicionador habituais, para cabelos extremamente danificados. Fiz isso por uma semana, mas já na primeira sessão o cabelo ficou mais brilhoso e macio, como prometido.

Depois do cabelo bem tratado e restaurado, resolvi utilizar a máscara somente uma vez por semana, já que é importante ressaltar que muita hidratação na raiz, se o cabelo já está hidratado, pode causar oleosidade e caspa. Usando o produto para manutenção dos fios uma vez a cada sete dias, não deixa que o cabelo volte a ficar quebradiço e com pontas duplas.

Ah! A máscara tem cheirinho de baunilha e pode ser utilizada por quem é das filosofias low poo e no poo, numa boa.

Nota: 5/5

(cumpre e muito bem a promessa básica)

A Lola COSMETICS vem ganhando meu coração a cada dia mais por não testar seus produtos em animais (CRUELTY FREE) e serem, em sua maioria, veganos!

Você já conhecia a Lola? Conta pra gente!

01 set, 2016

Wishlist de aniversário

Olha quem está aqui! A wishlist voltoooou! E esta, é claro, é a mais especial de todas por ser de aniversário!

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  1. Anel rosê, da Pandora: Eu estou ADORANDO essa moda de usar acessórios entre o bronze e o rosé, e há alguns meses quero muito renovar minhas jóias. Achei esse anel da Pandora a minha cara por ser todo delicado, com um laço e pedras em zircônia.
  2. Delineador em gel, da Quem Disse, Berenice?: Estou muito ligada em olhos cada vez mais bem trabalhados, e ouvi dizer que delineador em gel é mais fácil de usar que a caneta e o pincel comum. Particularmente, acho a caneta bem complicadinha, mas mais simples para carregar na bolsa!
  3. Tênis Superstar branco, da Adidas: Acho que esse é o queridinho de toda blogueira no momento, não é? Confesso que estou procurando há MESES e não consigo encontrar do meu tamanho (37, btw!). Inclusive, estive conversando com vendedores de lojas Adidas diferentes e me disseram que está saindo muito e chegando pouco, principalmente branco ou branco e preto.
  4. Caderno de folhas pontilhadas e capa mole, da Moleskine: Adoro me organizar e acho que não existe forma mais fácil do que utilizando um bullet journal. Já que os meus Moleskines são pequenos, preciso muito, muito de um maior para o planejamento do blog!
  5. Vestido semi-rodado listrado, da Manola: Esse aqui é outro item que toda fashion blogger está de olho, né? Eu sempre amei listras e gosto ainda mais agora que a tendência voltou! Já tenho um preto e branco, mas quero muito esse branco e preto.
  6. Curvador de cílios, da Revlon: Adoro cílios bem curvadinhos e, como tenho dado mais valor à make de olhos, preciso urgentemente de um!
  7. Livro “O Oceano no Fim do Caminho”, de Neil Gaiman: Eu sei, eu sei. Esse livro é leitura obrigatória para mim, mas eu simplesmente fui relapsa e nunca parei para prestar atenção no enredo maravilhoso. Ainda não li nenhum do Gaiman, apesar de ter algumas obras dele na estante, e acho que “O Oceano no Fim do Caminho” seria perfeito para começar.
  8. Bolsa estilo croco preta, da Santa Lola: Olha, essa aqui acho que estará na minha wishlist até eu conseguir comprar. O preço dela é meio carinho, mas Santa Lola é Santa Lola, né? A qualidade é inquestionável.

Tem algum item aqui que você gostou muito? Já tem algum? Conta aqui nos comentários!

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