Doze de junho, fim do outono, beirando o inverno e você aí. Sozinho. Comendo chocolate para ver se adoça a vida que anda meio amarga ultimamente.
Pode parar com essa amargura e bota uma música alegre aí para esquentar nesse friozinho. Se não tem tu, vai tu mesmo, Netflix. Se também tem um bichinho de estimação quentinho, abrace-o neste dia. Já comprou ingresso pro show do BSB? Ótimo! Dá uma ligada para aquela amiga de longa-data que, com toda a certeza do mundo, vai e você nem sabe.
Estar solteiro não é a pior coisa do mundo. Acredite que não ter um namorado (a) no Dia dos Namorados é muito melhor que faltar algo muito mais precioso no dia-a-dia.
É claro que eu penso em, um dia, ter alguém para chamar de “meu xuxuzenho”, mas enquanto isso não acontece, o que eu posso fazer? Alugar um namorado para o Dia dos Namorados? Nem de graça tá rolando!
Há umas semanas estava divagando, com uns amigos do serviço, sobre pessoas que não conseguem se manter solteiras por muito tempo. Eu conheço alguém, você conhece alguém, todos conhecemos um amigo que não fica um semestre inteiro sozinho. Algumas pessoas dizem que isto é sempre estar dependendo de alguém. No fundo, no fundo, admiro quem tem facilidade para conhecer novas pessoas.
Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo.
“Em parte história de amor, em parte crítica social, um dos melhores romances que você lerá no ano.” – Los Angeles Times “Magistral… Uma história de amor épica…” – O, The Oprah Magazine
Vencedor do National Book Critics Circle Award;
Eleito um dos 10 melhores livros do ano pela NYT Book Review;
Direitos para cinema comprados por Lupita Nyong’o, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por Doze anos de escravidão.
Já falei do discurso sobre o feminismo no TEDxTalks da Chimamanda aqui. É só clicar!
Minha visão (Atenção: pode conter spoilers)
Ifemelu vivia em Lagos, na Nigéria, com seus pais em um apartamento alugado, cujo sempre ficava sem energia por conta da recessão que a região estava sofrendo na época. A vida de Ifemelu de repente vira do avesso: seu pai perde o emprego de anos, sua mãe tem de sustentar a casa com o salário de professora e sua tia médica perde o namorado num conflito militar e precisa sumir com seu primo recém-nascido.
Após conhecer Obinze, o amor de sua vida, e viver no meio de uma greve eterna em sua universidade, Ifemelu se sente confusa: se deve aproveitar a chance de morar nos EUA com sua tia, Uju, ou ficar em sua terra tentando uma melhora de vida para sua família. Por fim, ela decide ir embora e ajudar a cuidar de seu primo, Dike, enquanto as aulas não começam e ela não consegue um emprego, observando de perto a crise sentimental e psicológica de sua tia.
Ifemelu logo cria um blog (oi!) para relatar os causos de uma mulher negra vinda de um país da África. Ela se sente conflituosa por não poder ser quem ela realmente é para viver socialmente – na maioria das vezes, precisa fingir ter sotaque estadunidense, sendo seu sotaque igbu nativo, e sente a necessidade de alisar o cabelo com relaxamentos nocivos à seu coro cabeludo.
Ifemelu acaba deixando de lado seu relacionamento a longa distância (EUA – Nigéria) com Obinze por algo que ela faz por dinheiro, durante seu claro desespero por não conseguir um emprego, mesmo com o cartão-cidadão de outra pessoa (prática comum entre pessoas não-estadunidenses). Ela não responde mais a suas ligações, mensagens, e-mails e nem mesmo correspondências.
O romance é primeiramente narrado no presente, em que Ifemelu está num salão de cabeleireiros fazendo tranças enraizadas para voltar para casa, na Nigéria. O restante da narrativa envolve totalmente o leitor em torno do presente e do passado, que a fez decidir por se mudar e depois voltar.
[Edit] Achei importante ler em inglês, pois há vícios de linguagem que imaginei não serem passíveis de tradução para o português. São vícios de linguagem estadunidenses, nigerianos, ingleses, enfim. [/Edit]
Achei “Americanah” um dos melhores livros que já li, em construção narrativa e em diversidade cultural, pois ele mostra que não é de pobreza que os países da África são construídos. O romance é muito bem contado, com flashbacks e situações no presente.
Porém (ah, sempre tem um)…
Achei que até 80% do livro tudo fluiu muito bem. No fim dele, senti falta de explorar os personagens que já haviam sido apresentados durante a história. Eu sei que o livro deveria se passar em torno da história de Ifemelu somente, porém os outros foram tão bem descritos durante o romance que eu senti falta de um desfecho para eles, ou, pelo menos, citá-los.
Chimamanda escreve muito bem, mas eu senti falta de uma conclusão mais bem escrita. Apesar de o livro ter 470 páginas (em inglês), não me importaria se ele tivesse quase 600 para dar um final bom o suficiente para cada um dos personagens. A impressão que tive, é que o fim do livro teve de ser escrito às pressas.
Chimamanda Ngozi Adichie
Nota:
Trilha sonora
Sempre que leio um livro, escolho um álbum para me acompanhar na trilha sonora, porque me distraio com playlists muito variadas. Neste, escolhi o álbum curtinho, porém muito bom da Solange Knowles, “True”. O clipe de “Losing You” foi gravado inteiramente em Cape Town, na África. Inclusive o álbum tem várias referências do país. ♥
Outra trilha sonora que achei bem propícia para o livro bem no finzinho dele, onde Ifemelu diz “I’m a grown woman!” é essa música maravilhosa, com inserções africanas, da master diva Beyoncé.
É isso! Espero que tenham gostado.
Digam aqui nos comentários o que acharam ou lá na página do Outtamind. ♥~
Não sei se é novidade para você, leitor, que minha banda favorita de todos os tempos é aquela que tinha três meninas louras num videoclipe, andando de patins de costas, no meio dos girassóis, tocando na sala de uma casa… A palavra “MMMBop” te lembra alguma coisa?
Pois bem, depois de um tempo andando de patins – e quebrando alguns dentes por aí (história para outro post) -, descobri que não se tratavam de três meninas, mas sim de três meninos hiper-talentosos, no ápice da pré e adolescência: os irmãos Hanson.
A playlist da vez é o sexto álbum de estúdio desta banda linda, maravilhosa, de Tulsa, Oklahoma, EUA: Anthem (2013).
Antes de continuar este post, preciso deixar claro que:
Hanson não acabou;
Os irmãos não brigaram;
Juntos, têm a soma de onze filhos;
Não, MMMBop não foi o único hit da banda;
E, não, não acabaram após “Save Me”.
A questão é que a banda, após ter reincidido ao contrato com o selo Island/Universal Music, abriu seu próprio selo e gravadora, a 3CG Records; com ele, foram lançados os álbuns de estúdio intitulados Underneath (2004), The Walk (2007), Shout it Out (2010) e Anthem (2013).
Infelizmente, o Anthem teve um único single trabalhado, “Get the Girl Back”. Não poderia ter sido melhor, não poderia ter sido mais bem escolhido. É uma das minhas músicas favoritas da minha banda favorita e também tem alguns atores favoritinhos… Kat Dennings, Nikki Reed, Paul Donald, Mac Hanson, Drake Bell, Amy Paffrath, Drew Seeley e provavelmente outros que não consegui identificar bem durante o vídeo (sorry).
O melhor de tudo, absolutamente tudo que este álbum pôde proporcionar à nós, fansons (sim, nosso fandom tem um nome próprio), foi uma visitinha rápida e nada básica às terras tupiniquins em 2013 mesmo. Anthem mal tinha saído na iTunes Store brasileira e os caras já estavam aqui! A setlist teve quase em peso o álbum trabalhado e, de quebra, os fãs que não puderam ir, puderam assistir ao show na íntegra e ao vivo pela internet, graças a SKY Live (obrigada, SKY!).
https://www.youtube.com/watch?v=Ha1Tfi1ptbk
Outra surpresa maravilhosa para a aparição dos caras na nossa terrinha da garoa, foi um meet and greet surpresa, após um pocket show do EP exclusivo do fã-clube, Sound of Light, antes mesmo do show acontecer. Sabe aquela sensação de sonho realizado e de “já posso riscar isso da minha lista”? Ter um show para 400 pessoas da sua banda favorita… Vale cada centavinho pago no ingresso e na assinatura da H.net.
Até hoje tenho esse adesivinho guardado na caixinha das memórias… E o EP na prateleira. ♥
Bônus track (à lá Hanson): Esta semana, meu amigo da editora, o Dino Gomes, disse que estava em plena Marginal Pinheiros quando se deparou com a imagem a seguir… Assim que eu tiver meu carro, vou enchê-lo de logos velhos da banda. E tenho dito.
PS.: Se você é dono (a) do carro, venha falar comigo, por favor. Quero muito ter mais amigos fansons aqui em SP!
A playlist desta semana é o álbum X, do cantor, compositor britânico, multitalentoso e ruivo Ed Sheeran.
Edward Christopher Sheeran, o Ed Sheeran, nasceu em 17 de fevereiro de 1991 em Hebden Bridge, na Inglaterra e está em atividade desde 2005, segundo a Wikipedia, com seu primeiro EP, The Orange Room. Em 2010, resolveu cantar noite a fora em Los Angeles e foi visto pelo produtor e ator Jamie Foxx. O cara cedeu seu estúdio e sua casa para estadia.
Divulgação.
Hoje, o queridinho tem músicas em parceria com grandes artistas do mundo pop. Uma delas, é a faixa Everything Has Changed, da Taylor Swift. Inclusive, faz uma aparição no clipe.
X (2014) é o segundo álbum de estúdio, precedido por + (2011) – nomes peculiares, não? Das faixas presentes, algumas já foram ou são trilha sonora de novelas brasileiras. “Sing” esteve em Império, “Don’t” está na novela Alto Astral e “Thinking Out Loud” estará na nova novela I Love Paraisópolis.
É difícil escolher uma música favorita para tantos hits num só álbum, mas vou ficar com “Thinking Out Loud” mesmo, por causa de toda a produção do clipe, que ele mesmo fez questão de participar – e quem me conhece sabe dançar que é a minha maior paixão.
O novo single de Xserá a queridinha “Photograph”. Preparem os lencinhos.