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14 mar, 2016

Eu fui: Praxe Literária em Campinas

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Dia 05 de março, sábado, fui à Campinas para participar do Praxe Literária, evento organizado pelas blogueiras Letícia Iarossi, Adriana Mantovanelli e Helen Takahashi, que ajuda a divulgar novos nomes na literatura brasileira, não importando o gênero ou a classificação etária.

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Claro que fui prestigiar o queridíssimo, fofíssimo e maravilhoso Lucas Benetti, que está bombando com seu primeiro livro infantojuvenil, Andurá, e também a linda e diva Lari Azevedo, blogueira no Burn Book e que já está em seu segundo livro interativo, Minha vida dava uma série.

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Teve música, com um casal novinho que amava Nando Reis e Clarice Falcão,e que até cantaram Raul! Teve apresentação de cada autor, de forma independente, mostrando suas obras e contando um pouco do processo criativo — Lucas não poderia deixar de mencionar sua viagem à Escócia e o clube de ideias fictício, levando o público às gargalhadas.

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Lari AzevedoLucas Benetti
Foi um evento divertido e cheio de novidades, tanto por parte dos autores quanto por parte das editoras que apoiaram. Ele aconteceu no auditório da Livraria Leitura, no Shopping Dom Pedro e foi repleto de sorteios, concursos e questões — mais ou menos sanadas, enquanto o público perguntava e os autores respondiam.

É claro que eu tinha que ganhar algum sorteio...

É claro que eu tinha que ganhar algum sorteio…

Por fim, os autores autografaram seus livros, vendidos lá mesmo, e também o banner que tinha a fotinho de cada um.

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E você? Já foi a um evento literário?

23 fev, 2016

“O Demonologista”, por Andrew Pyper

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“A maior astúcia do Diabo é nos convencer de que ele não existe”, escreveu o poeta francês Charles Baudelaire. Já a grande astúcia de Andrew Pyper, autor de O DEMONOLOGISTA (DarkSide® Books, 2015), é fazer até o mais cético dos leitores duvidar de suas certezas. E, se possível, evitar caminhos mal-iluminados.

O personagem que dá título ao best-seller internacional é David Ullman, renomado professor da Universidade de Columbia, especializado na figura literária do Diabo – principalmente na obra-prima de John Milton, Paraíso Perdido. Para David, o Anjo Caído é apenas um ser mitológico.
Ao aceitar um convite para testemunhar um suposto fenômeno sobrenatural em Veneza, David começa a ter motivos pessoais para mudar de opinião. O que seria apenas um boa desculpa para tirar férias na Itália com sua filha de 12 anos se transforma em uma jornada assustadora aos recantos mais sombrios da alma.

Enquanto corre contra o tempo, David precisa decifrar pistas escondidas no clássico Paraíso Perdido, e usar tudo o que aprendeu para enfrentar O Inominável e salvar sua filha do Inferno.

Já tem um tempo que eu li O Demonologista – li alguns livros depois, inclusive –, mas queria muito falar dele aqui no blog, por ser um livro numa pegada diferente e tudo mais.

Título: O Demonologista
Autor: Andrew Pyper
Editora: DarkSide Books
Número de páginas: 320
Compre na Amazon: Físico | Digital
Adicione no Skoob: Nacional | Original

Comecei a ler por influência do bonito do Lucas, que pegou emprestado de uma amiga nossa. Ele falava do livro com tanta empolgação que tive que ver com meus próprios olhos, literalmente.

Baixei no Kobo e tentei acompanhá-lo. No prefácio fiquei com o coração e os cabelos na mão, sentindo-me um pouco mal – tenho sensibilidade à essas coisas –, ainda mais sendo narrado pela filha de David Ullman, uma criança de apenas nove anos.

Pois bem, os fatos começaram a ocorrer e eu comecei a devorar o livro somente no caminho de casa para o serviço. O anseio pela cena da primeira possessão me deixou muito apreensiva, me fazendo praticamente engolir o livro até quando estava em casa. . Sou muito suscetível à espaço e tempo e a narrativa de Andrew Pyper prende demais, DEMAIS; quem me conhece sabe como dou valor à uma boa narrativa.

O Demonologista - Outtamind.com

Em seguida a menina some e nós não sabemos o que realmente lhe acontece… e acho que a emoção deu uma freada por aí.

As cenas de possessão já não me deixavam mais agoniada e eu ansiava pelo desfecho do livro. Acho que Ullman sofre demais durante todo o tempo, por mais que ele tenha passado a acreditar em coisas que antes duvidava. O fim é incerto. Eu tive uma interpretação, Lucas teve outra… o que nos rendeu um almoço de discussão. Inclusive ele disse, desde o início, que achou ser parecido com Constantine. Eu nunca assisti – porque, oi, minha irmã mais velha não me deixou na época, embora eu nunca tivesse medo de filmes –, então não tenho como opinar neste caso.

O acabamento do livro é nota 10. A DarkSide Books investiu e muito bem nisso. A lombada parece ter sido arrancada ou ter caído, assim como livros antigos. A capa é dura, tem laminação soft touch e um tipo de verniz localizado que simula algo arranhado.

Nota: 3.5/5só porque o enredo foi superestimado; infelizmente, eu esperava mais.

16 fev, 2016

Tercinha da resenha: “Como eu era antes de você”, por Jojo Moyes.

Vamos para nossa terça-feira de cada dia.

Fiquei pensando em qual livro resenhar hoje, tentando puxar algum da memória, até que resolvi falar sobre esse. Tenho uma lista com os livros que mais valeram a pena ler — esse consta na minha lista –, e do nada se tornou um dos meus preferidos, não só pelo enredo, mas pela combinação de fatores que o deixaram especial. Portanto, aqui está um pouquinho da minha perspectiva de “Como eu era antes de você”.

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Sinopse:

“Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.

Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento.

O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.”

Titulo: Como eu era antes de você
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 320
Compre na Amazon: FísicoDigital
Adicione no Skoob: Nacional | Original

Como dizem que a primeira impressão é aquela que fica, tive que mudar de opinião.
A capa do livro em suma é bem singela, mas isso não diminuía a grandeza das palavras que o continham.
O ditado certo para esse livro seria, nunca julgue um livro pela capa. O seu título diz tudo.
Esse livro é uma verdadeira montanha russa de sentimentos. Ele abrange tantas coisas, amor, doação,
luta, renuncia, esperança, dedicação e novas perspectivas. Cada um dos protagonistas te envolve de uma
maneira única, não é a toa que virou filme, e logo estreias nas telas dos cinemas.
Will Traynor e Louisa Clark, eles são a prova que o amor brota de onde menos se imagina, e a forma pura
como cada um deles o sente é encantador.
Se surpreenda com a força dessa relação.

“Às vezes, você é a única coisa que me dá vontade de levantar da cama.”

Will era um homem despretensioso e cheio de vida, adorava aventuras, mas sua vida muda completamente quando sofre um acidente, em uma noite chuvosa, ficando então tetraplégico.

Dois anos depois, Louisa, perdendo seu emprego no café e ficando desempregada, acaba arrumando um emprego, como cuidadora para um deficiente, que por acaso é Will. O contrato de trabalho tem duração de seis meses, e é justamente neste período que a vida dos dois muda pra sempre, e eles nunca mais serão os mesmos.

A autora consegue mostrar as diversas dificuldades enfrentas por quem tem deficiência ou quaisquer limitações. Ela nos faz refletir, mostrar que não importa sua condição, qualquer um consegue viver com ela, enfrentar seus obstáculos, dia após dia. Will, perdeu o gosto pela vida e acabou desistindo de lutar, assim como muitos por aí o fazem. Will quando desabafa seu ponto de vista, nos faz entender o que cada pessoa com essa condição passa, e na maioria das vezes, as limitações começam na cabeça de cada um, quando pensa em tudo o que não pode fazer, e não resistindo às outras diversidades. Quando Louisa chega, ambos mudam sem perceberem, ela aparece
no momento crucial, quando ele mais precisava.

Ambos mostram perspectivas que eles mesmos limitavam, ela lhe dá esperança, e ele um novo horizonte. A forma como eles descobrem o amor, simples, mas fascinante.

E, não se enganem, é difícil segurar as lágrimas quando se lê a última frase e fecha a capa do livro. O aperto ainda permanece, quando me lembro da história.

Não deixem de ler, coloquem na lista de leitura, porque vale muito a pena. E corram para o cinema, e assistam, o filme tem estreia marcada nos Estados Unidos para o dia 03 de junho desse ano, em breve chega nas telonas brasileiras.

Jojo Moyes fez um trabalho maravilhoso, uma escrita impecável e com riquezas de detalhes. Will e Louisa mudaram a vida de muitas pessoas por aí, tenho certeza.

Vejo vocês na próxima!

02 fev, 2016

Tercinha da resenha: “True”, por Erin McCarthy

Olá! Sou a Vanessa e, a convite da fofíssima Fran, farei resenhas de livros que tenho lido ultimamente ou aqueles que guardo com carinho em minha memória, afinal de contas um livro pode abrir um mundo de descobertas.

O livro que escolhi hoje não é muito o meu gênero de leitura, mas por indicação resolvi me aventurar.
True é um livro do gênero New Adult, ele já está há um tempo no mercado. Aproveitei minhas férias para ler. Confesso que fiquei com um pé atrás. Ler algo desse gênero. Mas…

True, Erin McCarthy

True, Erin McCarthy

Título: True (True #1)
Autora:
 Erin McCarthy
Editora:
 Verus | Grupo Editorial Record
Ano de publicação: 2015
Número de páginas: 258
Compre na Saraiva: Físico | Digital
Adicione no Skoob: Original | Nacional

Sinopse:

“Quando as colegas de quarto de Rory descobrem que a tímida e estudiosa garota nunca passou uma noite com um homem, decidem que vão ajudá-la a perder a virgindade contratando o confiante e tatuado Tyler para fazer o serviço, porém sem o conhecimento dela. Tyler sabe que não é bom o bastante para Rory. Ela é brilhante, enquanto ele está lutando para se formar na faculdade e conseguir um emprego, para, então, poder tirar seus irmãos mais novos da mãe drogada. Mas ele acaba aceitando a proposta, pelo menos como uma oportunidade de conhecer Rory melhor. Há algo nela que o intriga e o faz querer ficar por perto — mesmo sabendo que não deveria. Divididos entre o bom senso e o desejo, os dois se veem envolvidos em uma relação apaixonada. Mas, quando a família desajustada de Tyler ameaça destruir seu futuro — assim como o dela —, Rory precisa decidir se vai cortar os laços com o perigoso mundo do namorado ou se vai seguir seu coração, não importa o preço a pagar.”

Queimei a língua. True é simplesmente apaixonante. Fiquei em uma linha de fogo com a protagonista Rory, um verdadeiro caso de amor e ódio. Nunca gostei de uma principal dependente, ainda mais romanticamente falando, ainda mais drama assíduo entre os protagonistas.

Rory, ao descobrir o que suas amigas fizeram, ao invés de ficar chateada e jogar tudo no ventilador, contraria todas as expectativas e guarda para si mesma. Ao mesmo tempo em que deixa transparecer sua fragilidade, ela sempre está ali para aqueles que precisam dela, independente da circunstância. Tyler é outra surpresa, se você pensa que ele é o típico cara que se acha melhor que qualquer um você está redondamente errado. Principalmente no que se refere a relação entre Tyler e seus irmãos. Ele vive numa verdadeira balança de emoções. Sua mãe dependente química e frustrada, desconta tudo nos irmãos de Tyler, mas ele, em momento algum, desiste dos seus irmãos.

Um dos motivos da história ter me encantado foi justamente essa relação de amor entre os irmãos. Sabemos que é muito difícil enfrentar tudo, ainda mais tendo um dependente químico para tentar um meio de recuperá-lo, agora imagine isso acontecendo no convívio de crianças, e você não pode tirar seus irmãos de lá, porque corre o risco de ir para um abrigo e nunca mais vê-los. Isso que Tyler enfrenta todos os dias: o medo de perder seus irmãos o torna lutador, dia após dia enfrentando seus demônios. Porém, ele encontra a ajuda de Rory e juntos eles descobrem o verdadeiro significado da palavra “True”.

Apesar dos altos e baixos, acredito que True serve como uma lição, passa por cima do “New Adult”, simplesmente por mostrar aquilo que podemos acompanhar de perto, mostrar que a vida tem um valor imensurável, e que todos nós possuímos demônios ao longo de nossa jornada, mas que com ajuda e motivação certa, conseguimos enfrentá-los.

True foi traduzido pela Editora Verus e está disponível aqui no Brasil.

Até a próxima resenha!

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